21 junho 2025

da navegação



É preciso baixar as velas da caravela,
deixar de contrariar a força do mar
e acolher a vontade das marés,
permitir às ondas embalarem o destino
livre de esforços vãos.
É preciso ficar grisalha e deixar-me ir
ao fundo da existência,
desobrigada.

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