27 agosto 2019

Que Graça



Sobe-se a rua,
vira-se à esquerda,
desce-se,
escorregadela na calçada a sobressaltar o coração,
sobe-se outra rua,
a descobrir uma praceta de carros apressados e atrevidos beijoqueiros a provocarem leves sorrisos.

Vê-se passar o aroma da cidade suja, com cores cinzentas e  banhada a dourado sol, atravessa cautelosamente a passadeira e desaparece no meio da confusão,
mesmo, mesmo,
a tempo de libertar o espaço para um refresco no calor da esplanada: só com limão e um toque de saudade.

Conversa à solta pela tarde.