Não sei se pelo verde das folhas a desabrochar nos vasos da varanda
a purificar a
permanência com um ar mais limpo,
desintoxicado.
Sei que o lar se foi
instalando,
apetecendo,
desenvolvendo as suas
raízes suavemente,
imperceptíveis na
terra regada amiúde.
Dei por ele já
completamente envolvida nas suas vestes
costuradas com fios invisíveis,
tecidos macios trazidos
por navios navegantes de todos os tempos,
de porto em porto pela
minha existência
até este lugar,
neste momento.
Percebo-me que baste,
exactamente como deve
ser o conforto que apetece ao ser,
talvez...