28 março 2017

71 O despertar da Vila



A Vila Pinto acorda e espreguiça-se
Para uma nova semana que nasce.
Os vizinhos reformados passeiam cães
Ainda em pijama e chinelo.
Lançam cumprimentos sem pudores
E vários dedos de conversa a quem passa
Como se companheiros de casa.
As lojas abrem as suas portadas,
Os carros e as motas saem com ruído
Directos à azáfama no caos da cidade.
O céu azul consegue furar a vida a acelerar,
Brilhar...
Os gatos passeiam-se pelos telhados.
Tudo parece fazer sentido.