A Mãe!
Fresca, acabada de ser mãe de meu filho, sou ainda, e muito, a filha de meus pais. Pois se de minha vida inteira!
Estranho este chamamento imponentemente imposto por estranhos, esta brusca mudança de estatuto!
Chama-se à recepção!
A Mãe!
A Mãe!
Como eu adoro ser a mãe do meu filho! Como eu adoro, também, ser quem sou em nome próprio!
À força de tratamentos forçados, lá se me foi instalando o hábito no ouvido por estes estranhos impositores!
Está cá?
A Mãe?
A Mãe?
Esse ser abstracto e sobrecarregado, feliz e contente em nome anónimo!
Presente!
Sou eu: A Mãe!