29 maio 2019

Ainda mulher (15)



Sou eu, sim, sou eu quem assim se apresenta em sobressalto
neste vestido preto de tule transparente rendado, uma delicadeza a descobrir estas curvas extraordinárias,
que temporárias com um acre sabor a eternidade...
Sou eu, sim, sou eu quem assim se oferece, dengosa e sensual num corpo sagrado a querer-se provocante,
a querer-se mulher!
Exigente!
O corpo rejeita esta eternidade temporária. Choca com a vida. Sente a voracidade de uma amante que não se tivesse emprestado à gestação. De nada quer saber para além do prazer...

Faça-se a sua vontade?