11 dezembro 2014

Volátil

Sofre-se muito
A vida dói a doença dói
Socorre-se de uma realidade paralela
De um amor onde se conseguir
A suportar o insuportável
A acreditar no improvável
Até que o cansaço de tanta dor
Esgota a vontade
Numa vitória do corpo sobre a mente

Tudo o que era deixa de ser
Volatilizado em frágeis memórias
Secas de lágrimas