16 junho 2024

A cova

Sepultei o prosear numa cova funda e fui atrás, lesta, a esconder-me do medo.

Regada a terra com água fresca e translúcida, brotou um silêncio magnífico, entorpecedor nos dias quentes ensolarados, acolhedor no ar frio do Inverno.

A vida? A vida ressentiu-se e queixa-se. Queixa-se como se se esvaísse em rio de leito seco, por não dita.