O céu cinzento negro é ameaçador
avança enorme e baixa-se sobre as cabeças
espelhando no mar um duplo temor
a fúria vai espreitando mais de perto
e pelo corpo vibra a fragilidade
como um arrepio ao mergulhar salgado
a pequenez do ser consciente em plenos pulmões
geme por protecção.
a chama que não se vê, sente-se.
medos aliviados no fresco da água à distância
ainda.