António sente-se aflito, a sufocar,
Um calor lhe dá enorme mal-estar...
Vê em seu redor paredes a encolher
Olha a mulher, não sabe se quer crer!
O destino a isto lhe trouxe o viver:
Obrigações, o compromisso, o talher.
Seguir a regra, cumprir a normalidade,
Assim se deu o seu regresso à cidade.
Onde o porquê desta maldita ansiedade?
Olha a mulher e estranha a paternidade!
Acontece a vida e é ausente de emoção,
A culpa entranhada no olhar fixo no chão...