01 julho 2015

O que é isto?

Se não é amor, o que é?
Perdi-me.

De repente fiquei sozinha,
A porta destrancada ao luto.

Só agora, sim, só agora,
E contra todas as evidências,
Só agora.

A tua ausência transmutou-se.

Poderia ter ficado na eternidade ilusória,
Na dor morna, suportável, constituinte.

Perdi-me do amor filial
E encontrei a tua morte, mãe.

Mas, afinal, o que pode ser?