30 setembro 2014

As cruzes

Sofre-se.

A dor está em todo o lado,
Até em lado nenhum.

Preenche dias e noites
Que tão longos,
Tão iguais,
Sem propósito a aparentar...

Mas, sim. Vive-se.

E isso importa.

29 setembro 2014

Por aí

Procurei o som do silêncio
E encontrei a existência...

Estranha que é,
Sem as vestes da inconsciência.

Ansiedades

Os teus males afligem-me como meus males.
Anseio-te bem, entre náuseas de padecimento,
O meu e o teu.

Como é tão visceral esta ligação?

A impotência mata-me o espírito e o corpo grita.

O Mundo torna-se insuportavelmente grande
E eu infinitamente pequena...
Não haverá um outro útero onde me recolher.

Luto o luto.
Luta também!

28 setembro 2014

Ica

Não te chorei.

Empurrei a tristeza para um canto escuro
Mínguo
E esqueci-o.

Assim como gente grande.

Fingi.

Mutante

Não quero esta realidade.
Rejeito-a frontalmente,
Atiro-lhe um NÃO à cara.

Ainda assim ela persiste,
A manhosa!

Amigo

Hoje saí à rua e trouxe um pedaço de ti.
Agora, vou saborear-te.

Abraço.

24 setembro 2014

Voltei?

Volto a ti.

Uma e outra
E repetidas vezes,
Em carícias que se esfumam
No momento exacto.
Na verdade, não sei
Se a ti voltei,
Tal inconsciência no acto.

Calhando, sonhei.

Imagem do Google