Passo a mão pelo teu rosto já demasiado magro
E rio.
Dói-me todo o ser, não saibas.
30 outubro 2014
21 outubro 2014
O tempo ainda existe
Observo esta planície vermelha
Que emoldura o meu destino.
Numa ânsia lenta e amedrontada,
Vai decaindo,
Um pouco menos que estática,
Tornando-se noite.
Que longa é a espera.
Tão dolorosa.
Que emoldura o meu destino.
Numa ânsia lenta e amedrontada,
Vai decaindo,
Um pouco menos que estática,
Tornando-se noite.
Que longa é a espera.
Tão dolorosa.
06 outubro 2014
A vida em inconformidade
Não concebo a morte em ti.
Nego-te essa realidade
Ainda que te esculpida por onde quer que onde.
Não, não te concedo a mortalidade,
O vergar.
Procura as tuas possibilidades,
Umas quaisquer, por onde quer que onde.
E vive.
Por favor... vive...
Onde outro amor assim?
Nego-te essa realidade
Ainda que te esculpida por onde quer que onde.
Não, não te concedo a mortalidade,
O vergar.
Procura as tuas possibilidades,
Umas quaisquer, por onde quer que onde.
E vive.
Por favor... vive...
Onde outro amor assim?
04 outubro 2014
Alegria dos meus olhos
Espero-te.
A melhor roupa, batôn, cabelo mais ou menos alinhado,
Trato-me para o teu elogio.
Sei que me queres no meu melhor,
Ainda que sendo já bastante mau.
Pouco importa.
Atitude, a atitude é tudo.
Eu sei.
E um brilhozinho nos olhos acende-se
Ao ver-te chegar, alegria.
A melhor roupa, batôn, cabelo mais ou menos alinhado,
Trato-me para o teu elogio.
Sei que me queres no meu melhor,
Ainda que sendo já bastante mau.
Pouco importa.
Atitude, a atitude é tudo.
Eu sei.
E um brilhozinho nos olhos acende-se
Ao ver-te chegar, alegria.
03 outubro 2014
A busca da normalidade
Às vezes esqueço-me e permito-me um momento.
É uma demanda, não sei se inconsciente, não sei se propositada.
Preciso da normalidade, tudo em mim assim berra.
Raios partam quando a culpa me devolve a memória
E a empurra em linha recta até ao inferno!
É uma demanda, não sei se inconsciente, não sei se propositada.
Preciso da normalidade, tudo em mim assim berra.
Raios partam quando a culpa me devolve a memória
E a empurra em linha recta até ao inferno!
Ascensão
Olho o espelho e não me reconheço
Nas rugas, na papada, nas olheiras,
A pele enfim flácida...
Envelheci.
A doença ganhou terreno,
O corpo cedeu.
A vontade não chega.
Espalho um pouco de creme no rosto,
Hidrato a dignidade.
Nas rugas, na papada, nas olheiras,
A pele enfim flácida...
Envelheci.
A doença ganhou terreno,
O corpo cedeu.
A vontade não chega.
Espalho um pouco de creme no rosto,
Hidrato a dignidade.
01 outubro 2014
Embora!
O agora apossa-se do meu todo,
Lento e acutilante,
Semeia malignidade corpo fora.
Devolve-me o passado! Os quereres do futuro!
Leva contigo esta dor alucinante.
Vai-te, agora! Embora! Embora!
Lento e acutilante,
Semeia malignidade corpo fora.
Devolve-me o passado! Os quereres do futuro!
Leva contigo esta dor alucinante.
Vai-te, agora! Embora! Embora!
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