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02 julho 2025

da punição


de sapatilhas empoeiradas, corro
levada pela alvorada.
a brisa refresca as margens do rio
e o dia estende os braços a pedir um abraço
que eu não permito.

ofego

não suporto este esforço a que me obrigo
nem a alegria em redor.
mando calar as aves,
só a punição voa livremente.

porque desejei a tua permanência, tão dolorosa, mãe.

corro empoeirada
contando minutos por quilómetro de sofrimento.

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