Fugimos da inexistência que persiste incansavelmente na sua perseguição criativa
mergulhados em marés de deveres em que a ciência nos engolfa com as suas ondas perenes de promessas probabilísticas religiosamente acreditadas
Assim seguimos um caminho acossados pelo medo das escolhas indecisas
subir uma montanha e ofegar os pulmões com o ar da vida sobrecarregado pelo movimento
ou fechar os olhos num corpo relaxado por sobre a terra numa absorção lenta do cheiro do devir
Adiamos a inexistência suportados em hipóteses desconcertantemente rebentadas pelos imponderáveis dos dias enquanto afastamos vislumbres macabros com uma força que nos faz inchar as pontas do dedos das mãos
A realidade acontece para lá dos medos e das esperanças e a visão do mundo disparada para acertar faz-nos pedir uma imperial fresquinha e apreciar
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