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Cedo, que é ainda tão cedo,
e já sinto os ossudos pés enterrados,
engolidos pela areia da beira-mar
onde, fortes, as ondas vêm rebentar
em abundantes e gelados salpicos.
Só as alegres gaivotas abrem o bico,
cantam uníssonas com o marulhar:
paradigma de ser, que bom é o estar
assim: arrepiado, vivo, pulmões cheios,
enraizado no mar e sem medo.