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27 setembro 2020

Ao jantar




Lá vai uma risonha colher a navegar pelo caldo quentinho
Segue singela por entre os legumes sem saber bem o caminho.
Toque, toque, que se ouvem os queixumes da tigela pesada
A olhar o menino e a colher perdida, não se dá por esvaziada!
Entre a fome e os pedaços navegantes há uma luta encarniçada
Até que uma cenoura irritada, salta do caldo para a doce colher,
Laranja de farta a paciência, ordena: 'Faça, agora, o favor de comer!'